Meu Senhor e meu Deus
(Eu que pensei
Ter visto, lido, ouvido, sentido
Todas as dores do mundo...)
Das alegres e amargas horas
Detenha a fúria das águas
Quando com força deságua
Não tem sentimento, dó, piedade
Devasta o morro, leva a vegetação
Destrói o que encontra pelo caminho
E engole inteira uma cidade
Senhor Todo Poderoso
Ampare e dê alento
A esse sofrido povo
Precisando bem mais
Do que um ombro amigo
As palavras fogem do meu pensamento
Lágrimas embaçam meus olhos...
A tristeza me faz companhia
Queria poder levar alegria,
Queria fazer voltar o tempo
E não deixar ninguém
Sozinho, desamparado ao relento
Meus amigos da dor:
Que ninguém lhes impeça
Que ninguém lhes roube
A Fé, a Esperança, a Confiança
De que é possível
Colocar pedra sobre pedra,
Tijolo sobre tijolo
Enxugar a Dor
Guardar a saudade no coração
E RECOMEÇAR!
Marinez Stringheta/Mara poeta
Botucatu/SP
Quarta-feira, 19/01/2011